Maternidade

Quis escrever alguma coisa a todas as mães. Confesso que não sei o que dizer.

Serei eu a melhor pessoa para motivar alguém à maternidade? Num mundo tão incerto, guerras iminentes, o egoísmo e egocentrismo aflorado, porém disfarçado de “filantropia”. O imediatismo é desculpado pela “evolução” e “modernismo”. Os mais velhos deixaram de ser exemplos de caracter e boa conduta, a maior parte deles.

… Já fui apaixonada pela ideia da maternidade. Hoje, vivo-a de forma muito ativa e intensa. Se me arrependo? Não! Se voltaria a ter filhos… que pergunta mais incerta…

Somos escravos da rotina, da correria e stress do dia a dia. As vezes o cansaço é gritante e para não nos sentirmos as piores mães do mundo, sentamo-nos ao lado dos nossos filhos… até nos sentamos, mas com o telemóvel na mão enquanto respondemos a tudo com um simples “uhum”

Será que a maternidade está perdida? Será que a continuidade fracassou?

Não vos culpo, mães. Eu mesma as vezes quero gritar de tanto cansaço. Escolhemos ser mães, mas não podemos controlar tudo. Nem mesmo as nossas emoções.

Que culpa têm os nossos filhos? Nenhuma! Tanto nos aborrecem como nos derretem o coração.

Ah maternidade!

Se pudesse definir-te serias 1 Redomoinho.

A verdade é que ninguém nunca está preparado a 100%.

Ninguém nunca está emocionalmente disponível 24/7.

E a maior verdade de todas é que o amor dos nossos filhos por nós e de nós para eles é real. É o mais verdadeiro que existe.

E no final, eles crescem, ganham asas e voam.

No final, o ninho fica vazio.

São nossos. Mas não são verdadeiramente nossos.

O que quero dizer é que, amem sim, doem-se sim, mas não se apaguem. Não se anulem… eles voam.

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